Rodrigo Lobo em um 70.3 de final de ano em Fortaleza.

Final de ano: como se preparar para voar em 2024?

Com a chegada do final de ano, muitos quilômetros percorridos, muitas provas concluídas e mesmo assim, não evoluímos como desejamos. Ao definir uma meta, precisamos estabelecer uma periodização coerente e segui-la à risca. Esta periodização, geralmente, é composta por períodos de base (geral), períodos competitivos (específico) e períodos transitórios (regenerativo).

Grande parte dos atletas não levam a sério duas fases: a base e a transitória, acreditando apenas que o período competitivo seja o mais importante, portanto, o fluxo de saída é alto durante os meses em que as provas mais importantes são mais escassas no calendário, geralmente entre o final de novembro e dezembro, e ao longo do ano após alguma outra prova alvo. Percebemos isso em nosso trabalho com os atletas.

Entrar em um ciclo competitivo sem o devido descanso e preparação física e emocional pode ser um caminho sem volta para o insucesso, incidência de lesões e outras frustrações. É na fase transitória que descansamos na medida certa, além de administrar melhor o volume e a intensidade para não apagar o corpo, sendo assim, sem gerar sobrecarga excessiva e relaxar a cabeça para enfrentar mais uma fase específica ou de base.

A chance de lesões e saturação psicológica pela subida abrupta da carga de treinos aumenta exponencialmente, resultando em afastamento precoce do atleta e interrupções em mais um ciclo de treino. Estas interrupções nos ciclos são passos que o atleta dá para trás. Por isso, há algumas dicas práticas para que isso não ocorra.

Como manter o ritmo no final do ano:

  • Aproveite o momento para fazer um check-up médico completo;
  • Estabeleça metas coerentes com bastante antecedência;
  • Estabeleça um plano com seu treinador;
  • Seja paciente e se mantenha focado;
  • Passe por todas as fases da periodização, sem pular nenhuma;
  • Leve a sério os treinos, sendo o mais regular possível;
  • Incorpore e fixe os bons hábitos, como dieta e sono;
  • Adapte os treinos à sua condição física atual, projetos pessoais e profissionais, etc;
  • Aproveite o verão para tornar os treinos regulares, tomando muito cuidado com a hidratação, e optando por se movimentar no início ou no final do dia.

Ou seja: é na fase de base que criamos um bom alicerce para suportar a pancada recebida durante os treinos mais longos e intensos. Nela, aumentamos nossa autonomia para poder enfrentar uma sequência longas de provas sem “quebrar”. Porém, são raros os atletas que pensam desta forma.

Muitos nos procuram restando poucas semanas para uma prova, com a expectativa de um milagre. Às vezes, até podemos colocá-lo no jogo, mas um preço alto pode ser pago por isso. Quanto mais ciclos concluídos na íntegra, mais consistentes e melhores serão os resultados!

Bora pra cima e bons treinos!

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